NEM PORQUINHO E NEM DA ÍNDIA!

 

 


A origem do porquinho da Índia vem da américa do Sul. São roedores, e compartilham o fato de serem mamíferos com os porcos!

Costumam ter seus habitats em cerrados e em florestas e costumam viver em grupos dentro de tocas ou sobre touceiras de capim denso.

 

Temos oito espécies sendo que algumas apenas encontradas no Brasil ou também encontradas no Brasil

 


São utilizados há séculos na alimentação de pessoas, seja por criação doméstica para fins alimentícios, seja por caça, mas também são utilizados em apoio da pesquisa científica, como modelos biológicos, muito uteis para esclarecimento em áreas como a fisiologia inflamatória, nutrição, farmacologia, conhecimento na área de alergias, radiologia e imunologia, isso desde a época do Dr. Pasteur, no Séc. XIX!



Estes bichos ajudaram muita gente nesse mundo!

 

 

 

Após o comércio como pet essas espécies foram utilizadas para formar as variedades diversas de porquinho da índia sendo que as mais conhecidas são A inglesa abissínia e a peruana, dentre tantas que já existem.

 

São animais bem interessantes por serem muito dóceis raramente morderem ou arranhar são muito curiosos e ao mesmo tempo tímidos

Quando na iminência de receber alimento costumam vocalizar mostrando alegria e satisfação

Por serem animais de grupo e por isso desenvolverem uma hierarquia social, não se deve manter machos adultos no mesmo ambiente sob pena de haver muitas brigas

 


Dentre suas características, o fato de possuírem deficiência na enzima hepática L -Gluconolactona oxidase, responsável pelo metabolismo da vitamina c faz com que necessitemos complementar esta vitamina em suas dietas.

 

O período de gestação é relativamente longo, entre 59 e 72 dias

Devido conformação anatômica as fêmeas que serão utilizadas para cruzamento devem ser colocadas em contato com os machos antes do primeiro cio de forma que sejam cobertas precocemente e não tenho problemas na hora do parto

O acasalamento ocorre entre 90 e 100 dias de vida a média de filhote por ninhada é de 2 mas há exceções em que vão de 4 a 8 nenéns

Com cerca de 180 g e após 21 dias acontece o desmame dos filhotes que deve ser gradual para que adaptação seja suave

A média de consumo de alimento pode variar de acordo com o tamanho e o tamanho que as raças alcançam ou deixam de alcançar mas fica em torno de 40 g de alimento por dia no caso de ração

Pessoalmente recomendo ingestão diária de vitamina c na água ou no alimento.

Em cativeiro, devem se alimentar de uma dieta que conste de fibras vegetais (folhas de verduras, legumes e feno), proteína de origem vegetal e carboidratos de difícil digestão, pois esta é sua natureza. Quando oferecemos coisas muito nutritivas, tendem a desenvolver doenças a médio e longo prazo.

São animais muito sensíveis à dor podendo morrer com cólicas que seriam leves insuportáveis em outros animais

Por serem animais que dependem de microrganismos no intestino para a digestão do alimento não devem ter dietas inconstantes, ou seja, a variedade de fibra proteína e carboidrato não deve variar muito nem bruscamente sob pena de termos problemas gastrointestinais que levam a cólicas e morte rápida

 




Os problemas mais comuns encontrados são verminoses e problemas gastrointestinais de diversas causas doenças respiratórias parasitas em pele pelos e dentro do conduto auditivo deficiência de vitamina c E pela falta de alimento fibroso podem manifestar crescimento excessivo dos dentes impedindo seu correto fechamento e causando sérios problemas na alimentação

 

Alimentos muito ricos em proteína podem causar problemas a longo prazo bem como alimentos ricos em carboidratos podem levar à obesidade

Recomendo a colocação em ambientes amplos, recintos espaçosos com o substrato macio local de abrigo e comedouros e bebedouros de fácil acesso

 

Ao adquirir um porquinho da índia pense que ele pode estar carreando algum tipo de doença que possa causar problema para ele ou para a família

Não junte este novo animal há outros e leve ao veterinário para uma avaliação de saúde.

 

Seja quem for o profissional a quem você recorra, tenha um diálogo honesto com ele. Veterinários costumam ter um defeito: serem solidários e colaborarem na medida do possível com as dificuldades de seus clientes.

 

Adquira confiança no veterinário de seu animal.

 

Procure entender o problema a ser solucionado e as opções de caminhos terapêuticos possíveis.

Caminhem juntos e estabeleçam uma parceria saudável e produtiva.

 

Seus animais agradecem.

 

 

Toda informação possível, mesmo a que você julga desnecessária, deve ser feita. Sugiro aos clientes fazerem anotações de seus animais sempre. Tudo pode ajudar.

 

 

Em caso de dúvidas, me ponho à disposição pelo telefone e demais canais de comunicação.

 

 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Estomatite Ulcerativa em Répteis

Dicas para incubação de ovos de Leopard Gecko (Eublepharis macularius).

Calopsitas em casa - Cuidados com Calopsitas Pet